Pesquisas recentes apontam que um sintoma frequentemente negligenciado — a insônia crônica — pode servir como alerta importante para quadros de depressão, muito antes de outros sinais mais evidentes, como tristeza ou isolamento social. Estudo do Instituto do Sono, por exemplo, identificou que distúrbios persistentes no sono não se limitam a serem consequências da depressão: eles podem integrar o quadro depressivo desde cedo. Agência Brasil
O que as pesquisas descobriram
- O estudo envolveu pessoas entre 20 e 80 anos, que foram avaliadas tanto sob aspectos clínicos quanto genéticos para traçar a ligação entre problemas de sono e sintomas depressivos. Agência Brasil
- Foi constatado que há uma sobreposição genética significativa entre predisposição para insônia e para a depressão. Ou seja: quem tem risco elevado para distúrbios do sono também tende a ter risco elevado para depressão. Agência Brasil
- Além disso, foi observado que a insônia crônica degrada a eficácia dos tratamentos depressivos — pessoas que já apresentam mau sono há muito tempo têm menor probabilidade de resposta rápida aos tratamentos convencionais. Agência Brasil
Por que esse sintoma é frequentemente ignorado
- Muitas pessoas enxergam o sono ruim como algo passageiro ("foi um dia ruim", "estresse no trabalho", "ansiedade leve") em vez de considerar que ele pode estar diretamente ligado a doenças mentais.
- Também há pouca informação no dia a dia sobre como insônia persistente pode não só acompanhar, mas preceder outros sintomas de depressão, como falta de prazer, desânimo profundo ou pensamentos negativos.
- Profissionais de saúde às vezes tratam o distúrbio do sono como problema à parte, sem investigar se ele é parte de um quadro mais amplo.
Importância de identificar cedo
Detectar a insônia crônica como parte do quadro depressivo pode permitir:
- Diagnóstico mais rápido — Recognizer esse sintoma antes que outros mais severos apareçam pode acelerar a busca por ajuda especializada.
- Tratamento mais efetivo — Com sono regulado, há maiores chances de resposta ao tratamento depressivo, tanto medicamentoso quanto psicoterápico.
- Prevenção de agravamentos — Evita complicações como isolamento social, piora cognitiva, risco de suicídio, entre outras consequências.
O que fazer se você ou alguém que você conhece apresentar esse sintoma
- Verificar há quanto tempo o sono está prejudicado, se é algo crônico.
- Avaliar se há outros sinais de depressão: perda de interesse em atividades que antes davam prazer, sentimentos persistentes de culpa ou inutilidade, queda de energia, dificuldades de concentração, entre outros.
- Buscar orientação médica ou psicológica — valerá a pena incluir no histórico que há insônia persistente, para uma avaliação mais global.
- Investir em hábitos que favorecem uma boa noite de sono: higiene do sono, evitar estimulantes perto da hora de dormir, regular horário de deitar/acordar, relaxamento pré-sono.
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